O que pode a psicologia dentro de uma instituição carcerária para jovens? O atendimento reservado a adolescentes em conflito com a lei no Brasil tem sido tradicionalmente marcado pela segregação e tentativa de disciplinamento. Contudo, essas também são as condições que têm levado a uma contumaz violação de direitos humanos por parte do Estado. É possível humanizar esse atendimento? Adolescentes autores de atos infracionais no Brasil têm sido atendidos pelo Estado de forma, no mínimo, controversa. A privação de liberdade é peça central desse atendimento, que oficialmente teria caráter educativo. Denúncias de tortura, descaso e precariedade das condições de trabalho, porém, indicam a violação de direitos humanos como regra, constituindo instituições carcerárias que intensificam a barbárie reproduzida em nossa sociedade. Em Psicologia e Adolescência Encarcerada, Marcelo Domingues Roman aprofunda a denúncia e a compreensão das condições desumanas em que se estruturam essas instituições, buscando, por outro lado, construir e analisar alternativas possíveis para o atendimento à adolescência em conflito com a lei. Por meio da análise de entrevistas com adolescentes internos, motivações que conduzem a atos infracionais são relacionadas ao contexto histórico-cultural, questionando concepções individualizantes e ideológicas. Este livro apresenta experiências concretas de atuação de um psicólogo junto a uma escola que funciona no cárcere. Restritas pela atmosfera asfixiante da prisão, atividades e reflexões conjuntas empreendidas pelo psicólogo e professores buscaram estabelecer ou intensificar espaços de educação como resistência à desumanização ali hegemônica.
Assunto: Psicologia, Psicanálise e Psiquiatria |
Ano: 2009 |
Acabamento: Brochura |
Páginas: 320 |
Edição: 1ª |
ISBN: 9788561673062 |
Peso: 0.410 Kg |
Formato: 14x21 |
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